Gostei do blog assim que o li pela primeira vez. Gosto da escrita, bem humorada, a maior parte das vezes nada cutchy-cutchy, gosto do que se fala por lá e também gosto da ideia de duas mães se juntarem para falarem desta coisa boa de ter filhos. E quando falei aqui do parto do cachopo, queria fazer referência a um artigo do blog A mãe é que sabe e já não me lembrava do título, e como elas publicam montes de artigos por dia (que inveja! eu também quero conseguir!), era-me difícil encontrá-lo. Vai daí, mandei-lhes um mail e a Joana Gama pronto me respondeu. Já que estava iniciada a conversa, mandei o barro à parede e pedi-lhes umas palavras sobre elas e o blog e mais uma vez, muito simpaticamente (e como muita piada), a Joana, em nome das duas, respondeu assim:
Desculpa a demora, mas temos andado um pouco desorganizadas. Aqui vai, enquanto tento adormecer a Irene na espreguiçadeira com um pé.
Podiam ser “duas vidas separadas pelo tempo”, mas não. A verdade é que somos tão diferentes quanto essas gémeas que a Sofia Alves fazia nos Olhos de Água. Não há uma rica e uma pobre (achamos que, no fundo, somos as duas muito pouco abastadas para aquilo que queríamos), mas há uma muito galinha e uma muito hippie, uma muito casual e uma muito beta, uma muito ansiosa e uma muito descontraída, uma com uma bebé que chora muito baixinho e a outra que parece uma coluna de concerto no Rock in Rio.
Pondo de parte as muitas semelhanças (serem duas Joanas, ambas nascidas em 1986, com duas bebés nascidas em Março de 2014, ambas com nomes começados pela letra I), deixam bem claras as suas diferenças. Apesar de, no fundo, respeitarem imenso as prioridades uma da outra. A Joana Gama já confessou (a muito custo) que adorava ter um quarto de beta e a Joana Paixão Brás também já deixou sair (ela vai dizer que não se lembra) que gostava de ser mais organizada com os horários.
As duas representam dois dos extremos de quem vive a maternidade actualmente (deve haver mais extremos com certeza). Mostram, sem filtros o que sentem, o que fazem, o que não conseguem fazer, etc.
Nem sempre se muda as fraldas a tempo, às vezes os filhos não tomam banho, às vezes estão mais de uma hora para que eles durmam, têm noites de caca, …
São, no fundo, mães que existem. E que, ao mesmo tempo que querem mostrar às outras mães que não estão sozinhas, retiram também um prazer enorme em sentirem-se acompanhadas.
Para além disto, têm as duas um grau ainda considerável de parvoíce. Nomeadamente estar a escrever este texto na terceira pessoa do plural.
Espero que gostes ;))
Beijinhos
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