É uma condição física e mental que pode aparecer e persistir em várias fases da vida dos filhos. Aos 3 anos quando acabam a creche. Aos 6 quando finalizam o percurso pré-escolar. Aos 10 anos quando acabam o primeiro ciclo. Aos 15 quando terminam o ensino básicio e aos 18 quando finalizam o secundário. Geralmente, as mães e os pais com síndrome de finalista, têm momentos em que estão estáveis, mas rapidamente alternam com surtos agudos e profundos. Por vezes, este síndrome é confundido com depressão ou ansiedade, embora tenha características próprias e uma duração que pode ir de um a dois meses por surto. A avaliação por um especialista com filhos mais velhos e que tenha sofrido do mesmo síndrome anos antes, é fundamental para um diagnóstico correcto e tratamento adequado.
Sintomas
- Alterações de humor ao longo do dia, variando de momentos em que sorri e outros em que sente profunda tristeza, quando recorda e vê fotografias do filho na escola.
- Medo que o filho não se adapte e tenha problemas de rendimento escolar nos próximos anos.
- Passar minutos a fio à conversa com outras mães e pais, também eles finalistas.
- Sensação de solidão assim que deixa a porta da escola e segue viagem.
- Sensação de angústia por ter receio que o filho nunca mais veja os amigos que formou naquela escola.
- Impulsividade na criação de grupo no facebook para juntar todos os pais e mães dos finalistas amigos do filho.
- Obsessão por fazer actividades até ao final do ano para que o filho esteja o máximo tempo possível com os amigos finalistas.
- Vontade incontrolável de ver e rever os vídeos das festas de final de ano passadas.
- Medo de não encontrar a prenda certa para dar à educadora/professora.
- Apontar todas as escolas para onde irão os amigos finalistas para tentar escolher aquela onde estará o maior número de amigos.
Os portadores desta condição têm medo que as emoções se descontrolem, demonstrando grande stress com a aproximação da festa de final de ano e criando uma grande dependência dos outros para conseguirem estar serenos.
Diagnóstico
- O diagnóstico é feito pela descrição do seu comportamento, geralmente à porta da escola ou por messenger, a pais e mães que já passaram por esta fase da vida.
- Não são exigidos exames físicos ou químicos, embora um eletrocardiograma possa revelar taquicardia e extrassístoles fequentes, e as análises clínicas possam mostrar as defesas em baixo. Os exames podem ser úteis no despiste de outras condições, como depressão ou ansiedade, embora psicólogos e psiquiatras consigam diagnosticar este síndrome apenas por saber que o paciente tem um filho finalista.
Causas
O Síndrome de Mãe e Pai Finalista pode ocorrer devido a predisposição genética para a lamechice; no entanto, devido a ser uma experiência emocional forte, apenas o hábito e a vivência repetida de mãe ou pai de finalista, poderão atenuar os sintomas e grau da doença.
Ter tido boas memórias de quando foi finalista em criança e adolescente, pode predispôr a mãe ou o pai a sofrerem deste síndrome.
Tratamento
Ao longo dos meses, o paciente deverá manter a calma e respirar fundo sempre que se apercebe que falta pouco tempo para a festa de final de ano. Fazer uma lista de sentimentos, aprendizagens, amizades e memórias que o filho obteve durante o período que esteve nesta escola. Pensar positivo e acreditar que vai correr tudo bem na próxima fase. Conviver com as pessoas que fizeram parte da sua vida e do filho nestes últimos anos.
No dia da festa de final de ano, o tratamento para os casos mais leves do Síndrome de Mãe e Pai Finalista é realizado com recurso a lenços de papel em grande quantidade e óculos de sol bastante escuros. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de calmantes e muita água.
Além do tratamento para o dia da festa, pode ser benéfico para estes doentes, a realização de sessões de psicoterapia com as outras mães e pais de finalistas, ao jantar, alguns dias antes e novamente depois da festa de final de ano, para ajudar a pessoa a controlar as emoções negativas de tristeza.
A terapia ocupacional de festas de aniversário, piqueniques, idas ao parque e outras reuniões, é fundamental para o paciente se manter controlado e minimizar os efeitos até ao próximo surto da doença, requerendo paciência e força de vontade para não deixar esta terapia.
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