A minha J é uma miúda muito observadora, às vezes parece desligada, está lá na dela. Mas de repente, tem umas tiradas do mais terno e delicioso que há.
No sábado de manhã perguntou-me:
J – Mamã, já não te dói a baguiga?
Eu – Não, filha, já não dói (explicação que dei para conseguir que elas ficassem mais calmas enquanto eu repousava depois da amniocentese).
J – Então já podemos ir passear?
E fomos. À Praça ou ao Mercado para alguns. Chegados a casa, ela diz:
J – Mamã, não comprámos um gamo de flores!
Realmente, porque não, porque não comprámos um ramo de flores???
Ao qualquer coisa domingo de cada mês há uma feira numa povoação perto de casa. Disse-lhe que íamos lá ver das flores. Cá em baixo, encontrámos a Anabela que lhes faz umas tranças magníficas e que perguntou onde íamos tão cedo. E eu expliquei que íamos à feira, comprar o quê Julinha?
J – Um gamo de flores. Tu também mereces.
Ela quase que chorou.
A minha L tem pilhas, muitas e está sempre a pedir para ajudar; o pior é que aparece na cozinha sempre na fase crítica, mas pronto temos que lhe dar alguma tarefa. E também é muito observadora e é um bocado palhacita.
Ontem, antes do jantar, a J tratava de mim com todos os acessórios da mala de doutora. E a L estava a fazer palhaçadas e aos saltos. Até que lhe disse:
Eu – Tem cuidado com a barriga da mãe.
L – Ainda tens dói-dói?
Eu (sorri) – Tu sabes o que é que a mãe tem na barriga?
L – Um umbigo.
Eu – Sim. Mas lá dentro?
L – Tu tens um bébé?
Eu – Achas que sim? E se a mãe tivesse mesmo um bébé na barriga, era giro?
L – Era.
(e nisto a J continuava, abre a boca, diz aaaaahhh, deixa ver se tens febre, vou ouvir o coração, tum-tum tum-tum)
Eu – E tu gostavas de ter um mano ou uma mana?
L – Um mano.
Eu – E se fosse um menino, como é que gostavas que se chamasse?
L – Ricádo.
Eu – Ricardo? Porquê?
L – Por causa da mixódia.
(ó RAP andas a influenciar muito a minha filha…)
Eu – E se fosse uma menina, como é que se chamava?
L – Ricáda!
Gargalhada geral!!! Digam lá que a gaja não tem jeito para a comédia??
A seguir fomos jogar às escondidas, enquanto o pai fazia o jantar. A parte boa calha-me sempre a mim, eheheheheh.
Coisas da tecnologia: o iPad ligado ao Google+, uma filha a tirar “selficas” e um auto awesome espectacular.
2 Comentários
eduarda
19 Agosto, 2014 às 16:32Se for menino fica Ricardo, ok? (O como o papy lá de casa…)
mamã cereja
19 Agosto, 2014 às 16:44Ontem, sentei-me com um bocado mais de força e a barriga fez muita pressão na bexiga e soltei um ai. A L perguntou logo “o que foi mãe? Foi o Ricádo?”…o raças da garota, mesmo que o rebento não fique com esse nome, vai sempre chamar-lhe Ricardo 🙂