Umas cerejices em momentos difíceis.
No momento do jantar, para comer a sopa, choradeira pegada.
J – Não quero comer a sopa.
Eu – Mas tens que comer que ontem não comeste. Vá lá. É de espinafres, tu gostas muito.
J – (mais berreiro) Não quero isso, quero a pêpê.
Várias trocas de galhardetes depois.
Eu – Olha, pronto, fica para aí a amuar que eu vou comer a minha sopa que estou cheia de fome.
Entretanto, a cerejinha L que nunca quer comer a sopa, levava colheradas à boca com grande satisfação.
L – Mamã, comi tudo!
Eu – Que linda! Muito bem, estou muito contente.
Continuei com a minha sopa e de repente a cerejinha J encosta-se a mim.
J – Mamã, gosto de ti!!!
Peguei-lhe ao colo, dei-lhe mimos e comeu a sopa.
Mesmo antes de sair de casa, a cerejinha L quis pintar os olhos.
Eu – Vá anda cá depressa que eu pinto-te os olhos.
L – Eu pinto.
Eu – Não, eu é que pinto porque estamos com pressa e não temos tempo.
L – Mamã, mas eu quero.
Eu – Já te disse que de manhã é a mamã que pinta para não te sujares.
L – Mas eu quero pintar.
Eu – Não insistas…(por esta altura, já estava aos berros, ao lado dela, junto à cara dela)
L – Mamã, fala mais baixinho!
Calei-me, pintei-lhe os olhos, deixei-a pôr o batom e saímos de casa.
Há quem diga que algumas birras são boas, manifestam a capacidade de reclamar, reivindicar, de exigir…algo que vamos perdendo com a idade.
2 Comentários
t2para4
26 Maio, 2014 às 13:04eh eheh eh são fases que vão e vêm. E duram pouco e quando damos por nós, já elas estão enormes e na escola…
mamã cereja
26 Maio, 2014 às 13:25Tudo a correr!!!!!