Vários adultos à mesa de jantar, vários casais, todos com filhos. Elas, as crianças de várias idades, já tinham comido e andavam a pintar a manta pela casa fora. Os adultos conversavam e o tema, como quase sempre, girava à volta dos filhos. Até que alguém perguntou “mas se é assim tão complicado, porque é que temos filhos?” Silêncio. Juro! Um silêncio curto, mas um silêncio, onde eu…
É oficial. Fui apanhada pelo síndrome de mãe que vai ver uma prova das filhas e fica brutalmente emocionada e inchadinha de orgulho até ao tutano! Faço, desde há dois meses parte do clube de pais que fica na bancada a ver a prestação dos filhos numa actividade extra-curricular. Membro daquele grupo de mães (e pais) que se desmembra em organização da agenda, das boleias, das mochilas, do…
Leio muitas vezes, em grupos de mães no facebook, pedidos de conselhos sobre pediatras. É o tipo de post, em geral, mais participado (a par com pedidos de sugestão de sítios para fazer o baptizado e onde arranjar as lembrancinhas e vestidinhos e tal e coisa). Bom, mas voltando ao assunto da escolha do médico para seguir os nossos filhos…é um assunto delicado, no meu entender. Vou contar-vos…
Canetas de tecido e filhas talentosas para o desenho. De nada!…
Parece que destralhar está na moda. E o desapego também. Aqui esta jovem não era assim. Antigamente era daquelas que guardava montes de coisas: todos os bilhetes de cinema, teatro, dança e música onde fui desde os meus 16 anos; os programas de todas as peças de teatro que vi desde sempre; os convites de todos os casamentos onde fui; os apontamentos de todas as cadeiras do curso;…
Há um conceito que se aprende desde cedo em físico-química, o par acção-reacção que se traduz em: “Se um corpo exerce uma força sobre outro, este reage e exerce sobre o primeiro uma força de intensidade e direcção iguais, mas em sentido oposto” Ora, esta definição assenta que nem uma luva nas situações em que faço uma pergunta (acção) e o amontoado responde (reacção) em sentido oposto. Seguem…
…por ter tido a possibilidade de participar tão activamente na vida escolar das minhas filhas no jardim-de-infância. Estou bem habituada a demorar o tempo que for preciso para a minha filha ficar bem na escola, durante os dias que ela precisar. Estou bem habituada por não ser pressionada a entregá-la à força nos braços de uma pessoa na qual confio, mas que ainda é uma estranha para ela.…
…desde quando cresceste tanto. Sabes que às vezes estás a falar comigo e eu não te oiço? Queres saber porquê? Porque te estou a observar, estou a ver todos os teus jeitos e gestos, estou a memorizar todos os teus movimentos, estou a pensar em como ainda há poucos dias eras só um bebé e agora és uma pessoa tão crescida. Falas comigo, contas-me o teu dia, fazes…
Não sei se é doença, mas poderia ser assim considerada. A insatisfação crónica. Deve ser terrível sofrer disto, nunca estar satisfeito com nada, nunca sentir o bem-estar da satisfação, estar sempre à procura de mais, sentir-se sempre frustrado, estar sempre a pensar no futuro, nunca estar contente com as coisas boas do presente. Ao longo da vida, encontramos tantos exemplos. O professor que nunca está satisfeito e não…
A minha malta quase só tem roupa herdada. As cerejinhas herdam roupa de filhas de amigas super-generosas e queridas, que não se importam nada de ver as minhas miúdas com a roupa que já foi sua. As cerejinhas também não se importam nada de vestir roupa usada e até perguntam “mãe, isto era de quem?”, passando a ser a camisola da X, em vez de ser a camisola…