Tantas vezes me dizem “como é que consegues?” que quase me convenço que consigo mesmo. Tantas vezes me fazem sentir uma super-mulher que consegue tudo e mais umas botas com três filhos atrás que quase me convenço que consigo mesmo.
A verdade verdadinha é que vos ando a enganar a todos há muito tempo, desde há cinco anos e meio para cá, primeiro com as gémeas e depois com mais um filho que perfaz um amontoado, ao qual ainda se juntou uma cadela.
Não consigo não gritar. O meu tom natural já é próximo do grito, juro-vos. Há tempos, ao jantar, no meio do caos absoluto só não enlouqueci por completo, porque mandei um murro na mesa acompanhado por um JÁ CHEGA! em que até o pai da casa saltou da cadeira assustado, tais foram os decibéis que consegui atingir.
Não consigo, a maior parte das vezes, não arregalar os olhos ou dar um apertão no braço quando a coisa está a resvalar vertiginosamente para uma birra monstruosa ou uma parvoíce pegada.
Não consigo fazer o ritual de limpeza de pele do princípio ao fim todos os dias tal como gostava, sem ter uma pessoa pequena a mostrar-me que conseguiu desenhar pela primeira vez um urso, ou a outra pessoa pequena a fazer-me queixinhas da irmã, ou outra pessoa ainda mais pequena a aparecer com um pote de plasticina para abrir, ou uma cadela a querer companhia e a desatar a lamber o ralo do polibã.
Não consigo sair de casa todas as manhãs sem aquele ar esbaforido de quem correu a meia maratona logo pela fresquinha, sem ter ameaçado meio mundo desta casa que faço isto e aquilo e aconteço ainda pior se não se despacham, sem me esquecer dos bibes, ou das fraldas, ou do telemóvel, ou da caixa das bolachas, sem discutir com o pai da casa por merdices sem jeito nenhum.
Não consigo ter o carro sem lixo variado, restos de bolacha nas frestas das cadeiras, cascas de banana na porta do carro, lenços ranhosos, folhas e pauzinhos e pedrinhas e raminhos e florzinhas e mais outra natureza morta espalhada, sem sacos e saquinhos na mala do carro, sem peluches e brinquedos e partes de outros a habitar o chão do carro.
Não consigo ter roupa a cheirar sempre bem, sem borboto ou descosida em algum lado, sem estar suja de ranhoca.
Não consigo manter os brinquedos só na divisão a que chamei “quarto de brincar” na esperança de não haver brinquedos espalhados pela casa e até vivenciar, durante meio segundo, o que é ser uma pessoa com uma mansão que é o que toda a gente pensa que tenho quando digo que eles têm um quarto de brincar.
Não consigo fazer o amor sempre que quero, porque nunca estou sozinha com o pai da casa e há sempre um filho que aparece a meio da noite no quarto para se enfiar na cama com os pais ou que chama porque lhe dói a barriga ou sonhou que havia porcos debaixo da cama.
Não consigo dar sempre comida saudável aos putos, porque me esqueço de ir às compras, ou estou curta de massas, ou simplesmente não tive pachorra para me enfiar num hipermercado, ou porque ao sábado quero é passar o dia todo de pijama em vez de ir ao mercado, ou porque estou sem pachorra para invenções e pesquisas.
Não consigo telefonar as vezes que desejo aos amigos que fazem anos ou simplesmente ligar à avó todas as vezes que penso nisso.
Não consigo ter sempre um frasco suplente de paracetamol cá por casa, tal é a velocidade que se gasta, porque quando um fica doente, ficam todos e eu só peço aos santinhos que não seja nenhuma gastroenterite daquelas de ter que andar a limpar camas vomitadas a meio da noite e cadeiras auto e roupa variada.
Não consigo ter a roupa sempre lavada ou arrumadinha nas gavetas e só dobro ou meto a malta a dobrar meias e cuecas, quando alguém grita “mãe, mijei-me, onde é que estão as cuecas?????”.
Não consigo ir a um café ou a um restaurante da moda sem ter uma garota a correr pelas mesas e a gritar, como se estivesse a milhares de quilómetros de distância de mim, “mãããeeee, quero ir fazer um cócózinhoooooo!”.
Não consigo ler a porcaria de um livro sem adormecer ao fim da primeira página ou ter que voltar a ler o parágrafo todo, porque já não faço a mais pálida ideia do que li segundos antes, sendo que o tipo de literatura que tenho lido nos últimos anos se cinge às bulas dos medicamentos, aos folhetos do lidl, aos comunicados das escolas e aos rótulos dos produtos de higiene.
Não consigo ter o fogão limpo todos os dias, nem as prateleiras do frigorífico impecáveis, nem a bancada sem migalhas, nem o caixote sem fraldas mal-cheirosas, nem cantos sem cotão, nem móveis sem pó.
Não consigo que os meus filhos não andem ranhosos ou sempre com as unhas cortadas, ou com os sapatos limpinhos, ou com roupa sem nódoas, ou sem nós no cabelo, ou sem dizerem cócó e xixi várias vezes ao dia só para serem engraçadinhos, não consigo que deixem de tirar macacos do nariz à frente de toda a gente.
Não consigo deixar de ter sempre fome e assim que chego ao trabalho ter logo vontade de almoçar, pois que apesar de ser cedo, eu já levo praticamente meio-dia feito, com três putos para vestir, dar de comer, levar às escolas todas as manhãs e picar o ponto.
Não consigo deixar de me pôr à conversa nas escolas dos putos com os outros pais e perder a oportunidade de poder chegar cedo a casa, e acabo por chegar na mesma tarde, já depois da hora aceitável para a cadela aguentar o esfíncter sem fazer nada em casa.
Não consigo terminar uma tarefa sem interrupções.
Não consigo deitá-los e ainda ir lavar a loiça, pôr roupa a lavar e escrever artigos, porque estou podre de cansaço e acabo por adormecer quase primeiro que eles.
Não lhes consigo ler todas as noites uma história, porque arranjei a desculpa que quando se deitam tarde não têm direito a história, mas a verdadeira razão é que estou mais morta que viva e cada vez mais pitosga, e não me apetece ainda ir ler seja o que for.
Não tenho a paciência que devia ter e que os meus filhos merecem, porque são uns miúdos doces e castiços, e eu não consigo ser tão boa mãe quanto gostava ou quanto eles merecem.
Não consigo ser perfeita…nem quero.
Por isso, quando me perguntam “como é que consegues?”, respondo muitas vezes “não sei bem, umas vezes consigo, outras não”.
Apesar de nem dar bem conta de como é que consigo de facto fazer tanta coisa com um amontoado de filhos, sei qual o segredo para conseguir, só tenho que o aplicar mais vezes: ter calma e não acelerar, ser paciente e menos exigente comigo e com eles, saber ouvir e saber estar, deixá-los ser mais criança e eu ser mais mãe, e menos polícia das luzes, dos brinquedos, da roupa, dos papéis, da escola, dos dentes, da comida.
O segredo para conseguir é não ter demasiadas expectativas e confiar no instinto.
E arregalar os olhos só um bocadinho de vez em quando…nem que seja para pôr os putos a rir com a carantonha que estou a fazer.
(tu aí que tens gémeos ou um amontoado de filhos e que passas a vida a ouvir “como é que consegues?” e te sentes o máximo, mas depois em casa quase que enlouqueces e não queres saber como é que conseguiste, só te apetece mesmo é beber um copo de vinho ou ver programas estupidificantes na tv…descansa, não estás sozinho. Vamos continuar a fazer de conta que conseguimos por muitos mais anos?)
88 Comentários
Dénia
6 Janeiro, 2019 às 11:16Estava a ler o texto e a pensar cá comigo “sou mãe só de um, sinto-me culpada por não poder fazer tudo o que ‘devia’, brinquedos sempre arrumadinhos, fogão impecável, chão a brilhar, documentos em ordem, dispensa farta e organizada, ler um livro por semana, acompanhar todos os debates importantes da actualidade,…”
Ai a culpa, a culpa, a culpa, aquele sentimento que vem agarrado a ti logo no instante em que acabas de parir, instigado por ti e por todo o mundo à tua volta.
Mas, eis que de repente sou interrompida “- mãe, quero leite”. E a culpa desvanece um pouco. Não, não consigo. Só tenho um, mas também não consigo.
mamã cereja
10 Janeiro, 2019 às 16:38A culpa é lixada!!! Ninguém consegue (penso eu). beijinhos
Ana Marta
22 Fevereiro, 2018 às 19:43Adorei… adorei…adorei. Senti-me a bem dizer normal. Tenho 58 anos sou mãe de um casal de gêmeos de 12 anos e há dois anos acabei com um casamento que me vinha a sufocar há 10 anos fazendo- me sentir a mulher mais incapaz mais anormal acabando por arrastar o meu egpela lama e pedras da calçada. Foi preciso ele dar-me um murro na cara para acordar r por um ponto final a tudo . Em seis meses trouxe os meus pais de Lisboa para Braga, a minha mãe com Alzheimer, divorciei-me com guerras judiciais das quais hoje ainda apanho com mísseis, foi-me diagnosticado um cancro de mama e a minha vida tem sido uma festa entre tribunais, hospitais e gestão de uma família maravilhosa que não quis que sentissem o peso da situação e como tal resolvi fazer de tudo isto uma telenovela. Estou reformada por incapacidade mas sinto-me com mais energia e feliz do que quando há uns anos atrás. Faço tudo é não paro a não ser para fazer os tratamentos periódicos. Tudo tem um sentido é uma razão de ser… é só pararmos um pouco e analisarmos o que se passa é descobrirmos a razão pela qual as coisas acontecem. A solução não está fora mas sim dentro de nós! Um abraço a todas as Mensagens.
mamã cereja
1 Março, 2018 às 15:04Querida Ana Marta, só agora vi este comentário! Adorei as suas palavras. Bem, que história, é uma lutadora e uma mãe de gémeos maravilhosa. Muito obrigada, um grande abraço e espero que continue por cá a inundar os comentários de felicidade e positivismo 😉
Té
29 Novembro, 2017 às 18:02Tãaaaaaaaaaao isto… LOL é chegar ao trabalho e sentir que já passou o primeiro turno.. é chegar ao fim do dia e sentir que se vai para outro turno…
mas dizendo a verdade prefiro o meu emprego de mãe… dá-me muitas mais alegrias… é um caos marabilhuaso!!! ehehehehe
mamã cereja
14 Dezembro, 2017 às 10:58É um caos, sim senhora, mas eu já não conseguia viver sem ele 😉
Silvia
26 Fevereiro, 2017 às 1:50Revi-me em quase tudo o que disse…sou mãe de 4, e tive de aprender a fechar os olhos…a olhar à sujidade, mas não à desarrumação, a ouvir os pedidos, mas não os gritos…Foi a única maneira de não ter um colapso nervoso todos os dias ! Ainda assim, há dias que vejo e ouço tudo…e aí, é rezar que o pai chegue depressa e logo que isso acontece, saio…dou a volta ao quarteirão e volto.Aqueles 10 minutos fazem milagres! Se o pai não chega, só modo militar, respirar fundo, todos em sentido e atribuir tarefas, que mais não são do que , mante-los ocupados e convictos que estão a ajudar ,”a mamã tá jangada”,até o pai chegar….Aqui é assim,mais eu, por horários profissionais, mas ambos para tudo!Bem haja pelo seu “desabafo”!
mamã cereja
26 Fevereiro, 2017 às 12:06Eheheheh…às vezes também me sinto em modo “sargenta”. Obrigada eu pelas suas palavras 🙂
Vanessa
24 Fevereiro, 2017 às 23:27Adorai seu resto está lindo identificome também….Tenho 5 filhos 11,7,5,4,2,anos não é nada fácil cá em casa faço tudo mas mesmo tudo sozinha…..
mamã cereja
26 Fevereiro, 2017 às 12:07Um abraço <3
Mafalda
24 Fevereiro, 2017 às 15:31Meu deus, sou eu exactamente, a minha casa. Ter tempo para tudo e ainda trabalhar por turnos nao é facil. Sem jantares ou saidas romanticas, sem acordar ao 12h, sem saidas a dois, com pedidos o tempo todo ou birras no supermercado, sem privacidade num banho ou a fazer as necessidades, com todos a perguntar onde esta alguma coisa que esta mesmo diante dos olhos…. muito eu.
mamã cereja
26 Fevereiro, 2017 às 12:09Ai essas perguntas a toda a hora!!!! Abraço <3
Olga Jesus Baptista Fernandes
23 Fevereiro, 2017 às 23:15Boa noite mamã cereja, eu sou a mamã pipoca. Cá em casa somos 7, 4 filhos (a única menina, o filho n°3 tem uma traqueostomia), eu, o marido e pai das crianças e a minha mãe sendo eu filha única (há 2 anos atrás era mais 1, o meu pai que infelizmente faleceu). A minha mãe neste momento está acamada porque deu uma queda e tem uma fratura na coluna e outra na bacia. Sempre trabalhei, mesmo quando a minha filha esteve 4 meses seguidos internada. Uma amiga enviou-me este texto, porque dizem que eu sou uma super mulher e mãe, com a dedicatória de lembrei-me logo de ti. Não sou escrava da limpeza nem da arrumação, o meu marido trabalha 15h por dia, 6 dias por semana, por isso está pouco presente. Revi-me acima de tudo na parte dos decibéis . Considero-me uma pessoa muito feliz, tenho 4 filhos lindos (dão-me cabo do juízo mas eu amo-os muito), tenho uma casa para viver (é do banco mas um dia há-de ser minha ), tenho um marido de quem gosto muito e adoro a minha mãe. Como é que eu sinto que consigo? Por valorizar muito o que tenho.
Adorei o texto. As maiores felicidades.
mamã cereja
26 Fevereiro, 2017 às 12:10Obrigada pelas suas palavras. Sim, é isso, as vezes que consigo são porque valorizo o que tenho, as pessoas que tenho. E porque não ligo ao caos instalado à minha volta, ehehe. Um grande beijinho e as melhoras para a sua mãe.
carlos meira
21 Fevereiro, 2017 às 12:09E os pais não existem? São adereços? Há muitos pais (felizmente cada vez mais) que participam, que estão presentes tanto nas brincadeiras, como nas responsabilidades…
Por vezes acho que há mães que querem ser mártires ou talvez vocês que fazem tudo sozinhas, infelizmente ainda são a maioria e não tem alternativa…..
Eu sei fazer e faço tudo em casa e não preciso que ela me diga o quê ou quando fazer, mas assim fui criado e assim vou criar o meu filho.
Eles/nós somos pais e temos que fazer parte de tudo sem excepções, não somos meros adereços a não ser que vocês queiram que eles sejam..
mamã cereja
21 Fevereiro, 2017 às 13:08Carlos, obrigada por ter aparecido! No cerejal, o pai cerejo não ajuda como muita gente gosta de enfatizar, o pai cerejo faz parte, é sócio desta coisa que se chama família com a mesma quota parte que eu (até um bocado grande porque é ele que cozinha). Se reparar, em muitos comentários, esta mulheres que não conseguem, muitas vezes referem que os maridos são espectaculares, tal como o Carlos. Ainda assim, tenho que concordar consigo que algumas mulheres não conseguem delegar e são um pouco controladoras, eu confesso que já fui assim. Também lhe digo que ainda bem para si e principalmente, para os seus filhos que é um pai presente, são eles que ficam a ganhar! Infelizmente, ainda vivemos numa sociedade castradora do papel dos homens na família, porque eu já ouvi pessoas a rirem-se quando um homem diz que a reunião tem que acabar cedo pois é ele que vai buscar os filhos à escola. Uma tristeza! Mas estamos cá todos para mudar isso e ainda bem que apareceu, Carlos, obrigada.
carlos meira
21 Fevereiro, 2017 às 16:45Obrigado 🙂
Sim, a maior parte dos homens parece ainda ter receio de dizer que tem que fazer algo pelos filhos. É a sociedade que temos, mas estamos a evoluir, a mulher está a ser, e bem, mais exigente. Um homem que não faça nada já é visto de outra maneira, incompleto. Eu faço a minha parte, não ajudo como se costuma dizer (a minha esposa dizia o mesmo “ele ajuda”, mas nunca gostei desse termo).
mamã cereja
22 Fevereiro, 2017 às 13:17Obrigada eu 🙂
clara
22 Fevereiro, 2017 às 14:52Se ajuda só lhe fica è bem! Até porque na hora de fazer,fizeram no os dois, senao era considerado violação. Agora só falta é você como homem fazer entender isso a todos os homens! Falamos assim porque infelizmente é assim a maior parte!
mamã cereja
26 Fevereiro, 2017 às 12:12Talvez na verdade sejam assim…têm é dificuldades em admitir…
Carlos Meira
14 Dezembro, 2017 às 12:31Eu não ajudo, faço o que me compete. E na minha familia somos todos assim. Felizemente 🙂
mamã cereja
29 Dezembro, 2017 às 11:36É assim que as boas “sociedades” funcionam, todos fazem o que lhes compete e participam. Muito bem!
Meira
21 Fevereiro, 2017 às 9:00E os pais no meio disto tudo? Não existem? São adereço? Se estão assim por vezes acho que há mães que querem ser mártires, que não pedem que se façam coisas que como pais e educadores lhes compete… (bem sei que não deviam pedir, eles deviam saber o que faz falta fazer)… Mas se calhar sou eu que aqui é casa sei e faço tudo o que faz falta…. Não invalida que muitas vezes são super mães mas não estão sozinhas. Também sou pai e sei bem que as coisas não aparecem feitas por milagre do espírito santo…
mamã cereja
21 Fevereiro, 2017 às 13:08🙂
Claudia Patricia Carmo
20 Fevereiro, 2017 às 21:40Tão eu.. mãe de 4. Obrigada pelo texto.
mamã cereja
21 Fevereiro, 2017 às 6:40Que maravilha! Obrigada!
Vera
20 Fevereiro, 2017 às 21:07Ola mamã cereja e todas as super mamãs. Sou mãe de três, trabalho por turnos, mtos deles das 15:30 as 8:00 da manha do dia a seguir (nao é nada facil, porque tenho a pancada das limpezas e depois nao durmo). Mas consigo tanta coisa que as vezes penso ser de exagero mesmo…cm por exemplo, ter sempre a roupa dos 5 passada e arrumada, casas de banho lavadas, o chao raramente nao o lavo todos os dias, smp faço almoço e jantar, a maior anda na pre competição de acrobatica (depois é ir levar a escola, ir buscar e mais a explicação), ele do meio alem da escola tem futebol e ainda natação e a mais pewuena creche e natação…facil, nao é de todo, mas ja faço td com tanta rapidez e pratica que poderia ter outro que conseguiria 😀
Raramente nao vou ao ginasio, sempre que tenho vontade acelero um pouco mais o meu dia que ja é a 1000 à hora 🙂
Mas querem que vos diga, sou um exagero tmb…as vezes penso que tenho q deixar de ser assim, com a roupa e com as limpezas mas o que é certo é que nao consigo e parece q estou cada vez mais exigente com tudo. Qd faço manhas, ainda parece que é pior, saiu as 16:00 apanho um na creche, outro na escola…vou p casa adianto o jantar, dou os banhos se nao houver desporto nenhum nesse dia, volto a sair de casa, vou buscar a outra, deixo na explicação ou na ginastica volto p casa, dou o jantar, brincamos um pouco, saiu de casa ja está na hora de ir buscar a outra onde a deixei, chego a casa sao 21:00 e por vezes ja a pequena vem a dormir. O outro adormece eu adormeco e acordo quando o marido chega do escritório em que esta td arrumado, brinquedos todos apanhados, cozinha arrumada e por vees ainda nesta noite vou traba l har ate as 8:00 hora que ja esta td acordado p ir p a escola…ufa, ate estou cansada de pensar cm eu consigo (praticamente sozinha).
Beijinho especial a todas voces 🙂 e muita força.
mamã cereja
21 Fevereiro, 2017 às 6:39Querida Vera, tem toda a minha admiração, é de facto uma super-mulher é uma super-mãe de certeza. Talvez fosse bom, de vez em quando, ter uns momentos só para si, sem estar a arrumar ou a limpar. Eu também era muito arrumadeira, com o tempo fui aprendendo a relaxar, porque experimentei e afinal consigo viver sem ter tudo arrumado e limpo. É assim consigo relaxar e a minha disposição mudou muito para melhor. Mas claro, foi um processo difícil. O que importa é que a Vera e os seus filhos sejam felizes e às vezes, dizermos que não conseguimos não é sinal de fraqueza, é só sinal de que somos humanos. Um grande beijinho.
Maria Salvador Batalha
20 Fevereiro, 2017 às 18:36À parte da cadela, q felizmente ainda não consegui ter, descobri que a senhora é a minha alma gémea! A grande maioria das palavras parecia estar a sair da minha boca 🙂 Estou siderada! Obrigada por me mostrar que não estou só. Obrigada.
mamã cereja
21 Fevereiro, 2017 às 6:34Obrigada eu 🙂
Maria do Carmo
20 Fevereiro, 2017 às 17:49Revi-me em cada palavra! Obrigada, é sempre bom saber que não estamos sozinhos.
mamã cereja
21 Fevereiro, 2017 às 6:32Estou aqui 🙂
Ana Silva
20 Fevereiro, 2017 às 17:24Não está sozinha nessa aventura, tem todo o meu apoio e eu apoio todas as mães iguais a nós lol
mamã cereja
21 Fevereiro, 2017 às 6:32Obrigada! 🙂
Joana Craveiro
20 Fevereiro, 2017 às 14:23Obrigada pelo seu texto. Fez-me tão bem ler as suas palavras e sentir que não estou sozinha! Adorei mesmo!
mamã cereja
21 Fevereiro, 2017 às 6:31Obrigada, somos muitas 🙂
Cátia Pinto
20 Fevereiro, 2017 às 14:12Simplesmente adorei!!!! Também mãe de duas gémeas e de uma bebé de 10 meses!!!!
mamã cereja
21 Fevereiro, 2017 às 6:31Um amontoado lindo! 🙂
Sónia Moreira
20 Fevereiro, 2017 às 12:22Como eu a entendo, não é fácil ser mãe, muito menos mãe de vários filhos. É compensador? sim é, mas dá connosco em doidas, o tempo voa sem que consigamos dar por isso e nunca nada sai conforme o planeado. 🙂
mamã cereja
21 Fevereiro, 2017 às 6:30Também sinto isso, nunca me sai nada como tinha pensado! Beijinho
Susana B Alface
20 Fevereiro, 2017 às 12:10Como me revejo aqui! Eu. Aqui. Só não tenho gémeos, mas tenho três princesas com 7, 4 anos e a mais recente com 7 meses. E conheço muito muito bem esta história. Tão bem que a vivo todos os dias.
Mas pelo facto de reconhecermos que não conseguimos já somos as melhores! Somos boas, muito boas! E amanhã será outro dia… e outro… e qualquer dia já estão crescidos e já passou… e havemos de ter saudades de muitos destes momentos aqui estampados.
As maiores felicidades mamã cereja e cerejinhas!
mamã cereja
21 Fevereiro, 2017 às 6:30Obrigada! Sim, havemos de ter saudades, porque passa tudo tão a correr. Um beijinho!
Rita Rodrigues
20 Fevereiro, 2017 às 10:31Bom dia adorei cada palavra sua…..e consegui me imaginar a serem todas elas minhas. Tenho 3 filhas e o meu marido mais 2, quando estamos todos juntos o nosso dia a dia parece mais uma aventura…..ou como tantas vezes dizemos um para o outro….esta parece uma casa de loucos. Agora temos um cão que nos vem completar, mas a confusão é ainda maior. Sei que nao consigo fazer nada em 99% dos dias mas fico com aquele 1% para mim. Em que me faço acreditar que de alguma forma aquele dia não foi assim tão mau. Beijinhos para si e para todas aquelas mães que não conseguem mas que vivem tentando. Sei que não trocavamos esta vida por outra….pelo menos, eu falo por mim!!!!
mamã cereja
21 Fevereiro, 2017 às 6:29É como eu, não trocava por nada, adoro a loucura desta casa. Deve ter uma família linda! Beijinhos
raquel garcia
20 Fevereiro, 2017 às 10:19bom dia!!! quase chorei de alegria, ler este texto fez-me tao bem!!! tenho 3 rapazes electricos (5, 2 e 1 ano), e trabalho a tempo inteiro com horarios rotativos!!! identifico-me com todos os paragrafos deste texto, exceto a parte da cadela!! só quero dizer, força… nós conseguimos!!!!
mamã cereja
21 Fevereiro, 2017 às 6:28Obrigada! Oh, três meninos 🙂 um beijinho!