Será que me consigo dividir entre os meus filhos em partes iguais? Será que me consigo igualar com cada um dos meus filhos?
Ou deverei antes pensar se me consigo multiplicar entre eles para que todos fiquem com a mesma parte de mim?
Talvez, às vezes, o resultado seja mais próximo do zero do que acima de qualquer unidade.
Sinto-me muitas vezes a caminhar para o infinito, numa escalada exponencial de loucura, cansaço, desorganização, desespero e esgotamento.
Por vezes, tenho que dividir o meu dia em fraçções, em que o denominador comum é tão somente evitar que o caos se instale mais do que já está.
Sei que se somar paciência com respeito, vou ter como resultado, filhos mais calmos.
Sei que se multiplicar carinho pelos três filhos, vou ter como resultado o triplo do que multipliquei.
Sei que se dividir o que tenho, eles vão sempre saber que dividir significa partilhar.
Sei que se subtrair expectativas à realidade, vou ter como resultado, um dia-a-dia muito mais relaxado.
Mas nesta equação da maternidade de muitos filhos, nunca temos bem a certeza se o raciocínio que seguimos e a forma como chegamos ao resultado, são os mais acertados.
Vamos lá por tentativa e erro, por aproximação, fazendo uma média entre as vezes que correu bem e as que não correu bem, encontrando um desvio padrão para as vezes em que já sabíamos que ia dar asneira e as outras em que nos surpreendemos com o resultado.
Aplicamos as propriedades comutativa e associativa, às vezes sem darmos conta, e outras vezes certas que estamos a fazer loucuras, mas que vamos conseguir chegar ao resultado final: educar.
A matemática da maternidade cansa muito.
Mas sabe tão bem quando recebemos um
por estarmos a fazer um bom trabalho.
2 Comentários
Ana Sousa Amorim
1 Março, 2018 às 16:55«A matemática da maternidade cansa muito.» É mesmo isto. 🙂 Mas quando se recebe certos, fica tudo bem. Beijinhos
mamã cereja
2 Março, 2018 às 9:47É verdade, receber um certo, anima-nos 😉 Bjs